domingo, 4 de outubro de 2015

Beatriz



Até onde vai a paixão? Talvez seja a pergunta central desse filme. Foi o primeiro filme que vi no Festival de Cinema de 2015, depois de um inverno sem ir ao cinema. Não é um filme excepcional, mas tem questões interessantes de serem vistas. Relembrei por alguns momentos a intensidade de Sibel em Contra Parede, assistindo à entrega total de Beatriz  para que o marido escrevesse seu livro, vivendo assim, situações inusitadas, servindo de matéria -prima para seu livro. Acho que a Marjorie Estiano está muito bem, me fez lembrar Sibel Kikelli.

 Uma coisa bem interessante também é que no filme o escritor é o marido. Beatriz vive diversas  relações sexuais e descreve tudo para Marcelo, como se ela também estivesse co- participando da escrita de alguma forma. Acho a personagem central uma escritora de alma, por mais que o prestígio seja apenas de Marcelo.

Um dos paralelos que consegui observar entre as personagens femininas de Beatriz e Contra Parede é que ambas foram as últimas consequências pela paixão, se entregaram, machucaram, viveram de forma visceral, porém quando desistiram de todo esse amor, seguiram a diante de forma firme e decidida, por coincidência ou não, as duas personagens livraram- se do tormento da paixão quando aproximaram- se da maternidade.

Mesmo não sendo um grande filme merecer ser visto com atenção.

domingo, 7 de junho de 2015

Ei, quem vai assumir a direção agora?
Não sei.
Mas eu tenho sonhos.
Família, planos e amigos .
E é por tudo isso.

Reinvento, resignifico os caminhos tortos
que se acertam, renascem na cinza das horas.

Eu olho para o mundo e vejo a criança escondida.
A adulta que teve de assumir o volante do carro.
Mesmo sabendo tão pouco dirigir.

Mas não!
Quem disse que passar pelo desconforto é fácil?
Ouço mil vezes uma música no carro
dizendo que a vida realmente é diferente
e que a vida é muito pior.

Eu, realmente, não sei de nada, Belchior!
Tudo pode ter um toque divino, por vezes.

Olho para Deus no banco carona,
dando uma piscada e dizendo:
"Levanta- te e come"
Espera!
o incêndio é passageiro.




quarta-feira, 25 de março de 2015

O problema não é ter ou não ter o seu facebook. o problema maior é esse seu jeito de chegar, sentar e colocar o pé para cima do sofá. O problema é que as coisas só duram para sempre quando a gente cuida. O problema é achar que as pessoas tem que estar disponíveis, quando você quer. O problema é essa sua mania de excluir, caso seja preciso. De resto, agora não.

segunda-feira, 9 de março de 2015

A gente precisa é ter sonhos sempre
Sonhos grandes, sonhos simples, sonhos que , possivelmente, serão sempre sonhos, sonhos que são quase metas a cumprir.
Mas sonhos: na melhor fase, na pior, no momento de marasmo ou quando tudo está desmoronando bem em cima de você .
Se tivesse de dar um conselho, diria que em qualquer situação, o que diferencia os felizes dos que não são, é a capacidade de sonhar, de planejar quando não se enxerga nada, só uma luzinha lá longe. Dos corajosos que são capazes de arriscar- se na mudança por um sonho. Dos que saem da zona de conforto, passam pelo lugar desconfortável que é o incerto com a esperança de se chegar em algum lugar, um dia.
Esse texto é em homenagem aos meus sonhos, em homenagem também a todos que sonham, que mesmo com todas as frustrações da vida, seguem resistindo e não se contaminando com o pessimismo do mundo e aos que se emocionam quando escutam Milton Nascimento dizer que Sonhos não envelhecem.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

No meio à sala vazia ; no meio às prateleiras de livros , no meio às minhas angústias ;  no meio aos problemas que tenho para resolver; no meio às minhas decorações sonhadas por anos; no meio aos remédios ; no meio. Bem no meio de tudo isso , jogo os sapatos , ligo a vitrola , sinto uma paz de estar em casa, e digo a mim mesma, enquanto esquento a comida, eu vou ficar bem

terça-feira, 13 de janeiro de 2015




A poesia anda dura

Anda ensinando que tem dias que a pedra é  pedra

e que a nuvem só vira algo bom, quando a vida dá trégua

A poesia é para os fortes

Caio, Frida, Clarice estão na parede da sala

para mostrar que é para resistir, Clarissa!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

"E o lugar mais frio do Rio é o meu quarto"