quarta-feira, 29 de julho de 2009

Depois de tanto tempo consegui escrever

Aprendizagem


Havia uma ponte da finura de uma linha de lã e, lá de longe , do outro lado avistava um céu azul e um arco – íris . Olhava para o meu céu e tudo era tão cinzento, pensava se daria para chegar do outro lado. Calculava o peso de meus pés, percebia que não caberia nesse fio: pés tão grossos e calejados.

Era da beirada que imaginava o que havia de bom do outro lado. Parava e pensava, colocava um dedo, só que na hora de ir com força eu acabava retrocedendo. Mas como sempre vem alguém na vida para te pegar por trás e te jogar para lá do que se possa mensurar.

Fiquei sem pés no chão! No início, foi difícil me equilibrar, o corpo era grande e o espaço singular. Tentei voltar, mas não dava mais, o medo tinha cheiro de vida , me deu vontade de continuar. De cima via o mundo que parecia pequenino demais, o corpo tremia toda vez que me desequilibrava, a sensação era sublimar.

Havia angustia, choro, medo, luta incessante, contudo era em estado de êxtase que minha alma estava a cada passo deixado para trás. O fim não chegava nunca, não chegava nunca e era em estado de êxtase que minha alma estava a cada passo deixado para trás.

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