quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011



Eu sempre tive medo de andar de bicicleta, de dirigir também, mas a bicicleta veio antes, naturalmente.  Um dia, lembro que voltei de viagem pedalando, eu tinha, por volta, dos meus 11 anos, queria que todo mundo soubesse , finalmente, havia conseguido, porém , na época, achava -me velha para comemorar algo que já era para ter aprendido anos antes.
 Depois cresci e descobri um tanto de gente legal que  nunca aprendeu. E ainda hoje, um pensamento me vem de vez em quando, como se perde tempo com bobagens, mas não era sobre a perda de tempo e seus mistérios que desejo falar agora , que fique em segredo que ainda sofro desse mal.
Domingo me senti com 11 anos novamente , resolvi andar de bike depois de muitos anos, coloca uns 10 anos aí, e nesse tempo decorrido, há um mistério que tento desvendar aqui dentro, por que fiquei tanto tempo sem pedalar ?  Mas isso é assunto para outro dia.
O dia estava lindo, a Lagoa ensolarada, final de tarde e meu reencontro, a princípio , não foi dos melhores, senti tanto medo, achei que não conseguiria equilibrar-me e que dizer "é igual a andar de bicicleta, a gente nunca esquece" seria a maior incoerência do mundo , entretanto, uns minutinhos depois vi que era possível sim! Fiz questão de andar devagar, sem pressa, um pouco tensa com cabelos ao vento e dentro de mim, a todo momento, só tinha uma certeza, daria a volta completa na Lagoa sem me preocupar com hora e de ficar para trás porque o tempo era meu.
E de uma coisa eu sabia , dessa vez ninguém me convenceria que havia um tempo certo. Era eu só e mais ninguém .

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ontem se foi a minha última avó e a vida de agora em diante será sem tantos mimos. Esse não é um texto triste, porque ela lutou tanto nesse últimos tempos pela vida que só me dá vontade de fazer sempre o mesmo. Eu vou sentir saudades de te ouvir me chamando de boneca, de pudim de leite condensado e de seu sorriso doce.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

À todas as pessoas que vêem o seu quintal

Do alto do avião, tudo passa em fração de segundos e é tão pequeno: árvores, casas, nuvens, pessoas; meus olhos não sabem para onde olhar. Um pensamento urgente grita , quando se está no alto e distante se enxerga mais. Pensei em uma amiga, que anda olhando a vida pela janela de um ônibus com a visão periférica apenas. E o que eu mais queria que ela entedesse hoje sem que parecesse conselho é, como é bom, por vezes, voar.


Voltar é sempre bom também.