sábado, 31 de dezembro de 2011

Felicidade
Marcelo Jeneci

Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz,
Sentirá o ar sem se mexer,
Sem desejar como antes sempre quis,
Você vai rir... sem perceber,
Felicidade é só questão de ser,
Quando chover... deixar molhar...
Pra receber o sol quando voltar.

Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz,
Se chorar, chorar é vão,
Porque os dias vão pra nunca mais...

(Refrão)
Melhor viver meu bem,
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você,
Chorar, sorrir também e depois dançar na chuva
Quando a chuva vem.

Melhor viver meu bem,
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você,
Chorar, sorrir também e dançar,
Dançar na chuva quando a chuva vem.

Tem vez que as coisas pesam mais
Do que a gente acha que pode aguentar,
Nessa hora fique firme pois tudo isso logo vai passar,
Você vai rir... sem perceber...
Felicidade é só questão de ser,
Quando chover... deixar molhar...
Pra receber o sol quando voltar.

(Refrão)
Melhor viver meu bem,
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você,
Chorar, sorrir também e depois dançar na chuva
Quando a chuva vem.

Melhor viver meu bem,
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você,
Chorar, sorrir também e dançar,
Dançar na chuva quando a chuva vem.
Dançar na chuva quando a chuva vem.
Dançar na chuva quando a chuva vem.
Dançar na chuva quando a chuva,
Dançar na chuva quando a chuva vem.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


Ando por linhas retas , sem curvas
Sem parar,  andando por ruas escuras
De noite, como antídoto da vida
Como quem vê muitos rumos
E quer escutar o silêncio do mundo.
Ando pelo mundo de noite
Porque meu coração só dorme tarde
E ele não gosta da claridade da manhã.
Eu  ando só de noite
Porque meus passos e pensamentos estão em compasso
E com mais alguém perderia a cadência.
As palavras pulsam à noite,
Ainda  as percorro.
Sempre sem respostas

sábado, 24 de dezembro de 2011

Dia nostálgico e melancólico esse de natal...
Que ano que vem seja menos nostálgico no meu novo lar.

"E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim"



domingo, 13 de novembro de 2011

Esses dias fui a FNAC, local de perdição, principalmente para os duros como eu que tem que escolher um entre milhares de coisas interessantes. Acabei comprando o Cheiro do ralo que é um filme que faz tempo desejo ver, pois ando encantada com as atuações de Selton Melo, principalmente depois de assistir ao filme o palhaço.

Depois de alguns dias com o filme em casa, fui assisti-lo um pouco apreensiva, pois ando precisando de leveza e sabia que a história era densa, porém há um toque de humor negro na trama que mesmo havendo uma grande profundidade, o humor prevalece deixando tudo mais leve , bem como andava precisando!

A história é de um homem chamado Lourenço que trabalha avaliando antiguidades, e na sala onde é seu local de trabalho há um banheiro que tem um ralo fedorento. Ele se incomoda que as pessoas achem que aquele cheiro vem dele e sempre explica a todos que vão fazer a avaliação das mercadorias que o cheiro vem do ralo.
Lourenço está tão acostumado a avaliar produtos que começa a tratar as pessoas como mercadorias, e acredita que o fedor do ralo faça ele se tornar uma pessoa, digamos, sem escrúpulos.

Ah! O filme é cheio de metáforas interessantes, daria para escrever sobre diversas questões, mas o que me chamou mais atenção foi a forma como avaliava os produtos e como desejava que as pessoas fossem objetos seus.

A vida é dura, como diz o personagem do Selton Melo e cheio de Lourenços. Mas ainda espero descobrir o contrário.

sábado, 5 de novembro de 2011


Minha alegria é diferente das outras alegrias. Ela é como criança, brinca depois cansa e passa, depois vem e volta. Não acaba para sempre, nem dura muito.

E eu ando assim.
Massacrada pelo cotidiano.

E tendo pequenos momentos de epifania.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Como já havia dito no último post, não há nada que se repita da mesma forma, porém foi tão bom quanto antes andar nas ruas de Buenos Aires, conhecer novos becos e recordar os caminhos por onde andei.
Dessa vez foi mais corrido e proveitoso, da outra mais tranquilo e divertido. Não poderia escolher a melhor viagem. Porém a sensação de me sentir em "casa" foi a mesma.
Ah! quero voltar outras vezes, em outros momentos, com outras reflexões e outras pessoas.
Mi Buenos Aires querido!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nem me passava pela cabeça que tão cedo iria retornar a Buenos Aires, boas surpresas da vida, como gosto delas! Sexta voltarei a terra de Maradona.
Estou super orgulhosa, pois dessa vez, diferente da outra, fiz o roteiro sozinha. É curioso como é importante traçar um roteiro antes de se viajar. Ou quem sabe, dessa vez quis fazer desse jeito: escrever o meu. Que em quase nada lembra o anterior, ainda bem! Pois tudo pode se repetir , mas de formas diversas, isso é o que dá graça,é o nome do frio na barriga que sinto.

Que venha o destino cheio de surpresas e repetições diferentes e peculiares.
Segue uma parte do roteiro

Museu dos Beatles

Puerto Madero 

Conhecer o centro, tomar café no El Ateneu, ir a galerias pacifico, trocar dinheiro

Tirar foto na casa Rosada É perto do Centro

Recoleta jardim japones
Feira na praca da recoleta
Galeria do Rock

Museu de Belas Artes

Malba

Centro

ir a bares em Palermo

parque de Palermo

Outlets
Feira de San Telmo
Caminito (centro Cultural de los artistas)

Parque linear puerto madero
Centro lugar que tem gafieira de tango

Café Tortoni

Centro









terça-feira, 27 de setembro de 2011

Eu sempre me pergunto será que realmente tenho tpm ou sou chata assim mesmo 24 horas?

sábado, 17 de setembro de 2011

Ontem assisti “Uma doce mentira” , um filme leve com um humor suave e detalhes inteligentes.


O que me chamou mais atenção na trama foi na personalidade de Emilie , uma mulher que enrolava-se mentindo por não conseguir enfrentar situações difíceis de sua vida , algo assim tão humano, porém contado de um jeito tão poético que deu até vontade de deixar de lado esse peso todo de ter de encarar sempre tudo de frente.

Fiquei pensando nas situações que nos paralisam, lembrei de pessoas próximas a mim que vi esconder-se dos conflitos do dia a dia. A Emílie está presente em todo mundo, mais em algumas pessoas do que outras. Talvez não haja mal nenhum de se ocultar e deixar que as coisas simplesmente aconteçam.

Eu não sei, mas ontem eu desejei ser um pouco Emilie, mesmo que por um momento apenas.

domingo, 4 de setembro de 2011

Hoje eu acordei e de repente trinta

De repente, entendi o desafio de ser mulher

Todos passam: cansados, felizes, sorrindo, com pressa.

Os ponteiros param

quando não se quer envelhecer.

Eu também quero ultrapassar o tempo

Mesmo os dias ficando mais cinzas e duros

Ainda quero cantar

Até cair de cansaço no dia seguinte

Meu relógio é o dia a dia,

o hoje, o ontem, o que ainda não vi

Trinta minutos me sobram pra sustentar o ócio diário

As histórias estão pelas ruas, nos lugares ou nas fotos que tirei.

Trinta fios brancos me faltam pra pintar de vez o cabelo

As noites de inverno estão cada vez mais frias

E tudo vem- vai e tem mudado depressa.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação.


Parece que em alguns momentos, o sol entra pela janela com um brilho maior ou de repente o céu enche-se de nuvens e cai um temporal.  Mas essa metáfora não é para dizer que há coisas boas e ruins  acontecendo simplesmente.
Quero dizer apenas que em alguns momentos a vida dá sinais maiores de vida, e tudo sai da mesmice, mesmo não havendo grandes tempestades ainda.
Talvez tenha sentido isso pelo início e fim das férias, ruptura do tempo.
Não sei, eu que me canso com dias repetitivos, me animo sempre com as exceções que aparecem vez por hora por aí.
Há momentos que quero o que ainda não vi.

domingo, 10 de julho de 2011

Tanta coisa aqui dentro, a vida que passa e eu observo tudo, escrevo mentalmente e quando abro a tela do computador o pensamento já foi.


A poesia vai de encontro aos ônibus que pego todos os dias, ao meu dormir sentada com as mãos encolhidas de tanto frio, eu , pobre sonhadora, acredito que amanhã ,ela, poesia, volte. Sempre acredito!

todos os dias.

Mas ela dá o ar da graça só de vez em quando só quando deseja.

Ou viro gente grande ou sonhadora profissional?

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cachorros também não deveriam ficar doentes nunca!

Meu coração fica aflito e não me deixa trabalhar.

Fica boa logo, Yasmin!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

No dia 20 de setembro de 2001, estava em uma sala, conversando com uma senhora sobre um trabalho voluntário que eu desejava realizar. Meses depois , decidi estudar mais sobre educação. Nem me dei conta na hora que tinha descoberto uma ou a minha vocação.


Menos de três meses para completar dez anos, ainda há muitos sentidos a buscar. Eu não sei nem por onde começar a procurar, o certo apenas é que dessa vez pretendo caçar poesia .

Volto depois para contar



segunda-feira, 13 de junho de 2011

Janela

Nina Becker

As coisas passam sem se aproximar
Do caminho que se olha dessa janela
As coisas passam sem saber passar,
Passam as curvas, passam as chuvas que eu vou lembrar
Passam sem se aproximar,
Paradas, paradas,
Passam sem olhar pra cá,
Paradas, paradas
Para voltar pra casa e descansar
Para poder chegar de algum lugar
Para tentar chegar de madrugada
Para poder perder a mão da estrada
Passam sem se aproximar
Paradas, paradas
Passam sem olhar pra trás
Paradas, paradas
Para voltar pra casa e descansar
Para poder chegar de algum lugar
Para tentar chegar de madrugada
Para poder perder a mão da estrada

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Manual para ir à lua

Logo depois do sinal abrir, deve-se tirar o pé do freio, assim que a embreagem estiver no ponto certo, acelerar...
A primeira, segunda marchas devem ser passadas de acordo com a necessidade do carro. Depois disso tirar o pé do pedal da embreagem é fundamental, mas qualquer situação inesperada, pode-se colocar os dois pés no pedal para parar sem movimentos bruscos.
Ei, é para você este manual, você pode acelerar, andar por aí e há de se ter calma sempre. Só não deixe de olhar os espelhos sem deixar de ver a paisagem, tudo ao mesmo tempo.



Estou aprendendo a dirigir de novo, já tentei tantas outras vezes, talvez desista e recomece depois, mas , a única diferença é o meu desejar hoje.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Brincando de Arnaldo Antunes

De gotas em gota De gotas do que foi des

- gotas. Gota a gostos como pinga- gotas

Pinga pinga, a pingados es gotos Gota a

gota, des gosto os (gostos) os gostos sem

gastos, gota a gota, partes sem parte

De gosto ando em

gotas Como o

pingo encheu

(o copo)





sexta-feira, 1 de abril de 2011

para ser lido ao som de Norah jones


Um beijo roubado

Há tempos que não via um filme com uma trilha sonora tão emocionante e bem cuidada, com tantas câmeras lentas, queria ter uma assim. Assisti-lo me fez pensar em tantas histórias, não só minhas, mas de amigos que tiveram momentos de grandes mudanças; pessoas que passam por minhas lembranças todos os dias.
Norah Jones está belíssima também, vontade de sair pelo mundo que nem ela, descobrindo  pessoas e seus mundos, às vezes dá uma vontade louca de não ter amarras que me prendam aqui. Será possível isso? ou acontece apenas em filme?


Lizzy: Você ainda tem as chaves?
Jeremy: Sim, sempre me lembro que me disse sobre nunca jogá-las fora, sobre nunca fechar as portas para sempre.
Lizzy: Às vezes, mesmo quando se têm as chaves, essas portas não podem ser abertas.
Jeremy: E mesmo que a porta seja aberta, a pessoa que procura talvez não esteja mais lá.


(Um Beijo Roubado)


terça-feira, 22 de março de 2011

Eu queria dizer sem precisar falar, deixar a tela em branco, mas que todos compreendessem. A cabeça e a coluna doem, eu preciso lembrar sempre de não pecar pela falta, então não posso querer dizer sem precisar falar, nem tampouco querer tela em branco e ser compreendida por isso.

Amarrar uma fita no dedo para não esquecer de ousar todos os dias, poderia ser uma solução

 ou decretar férias de mim mesma?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011



Eu sempre tive medo de andar de bicicleta, de dirigir também, mas a bicicleta veio antes, naturalmente.  Um dia, lembro que voltei de viagem pedalando, eu tinha, por volta, dos meus 11 anos, queria que todo mundo soubesse , finalmente, havia conseguido, porém , na época, achava -me velha para comemorar algo que já era para ter aprendido anos antes.
 Depois cresci e descobri um tanto de gente legal que  nunca aprendeu. E ainda hoje, um pensamento me vem de vez em quando, como se perde tempo com bobagens, mas não era sobre a perda de tempo e seus mistérios que desejo falar agora , que fique em segredo que ainda sofro desse mal.
Domingo me senti com 11 anos novamente , resolvi andar de bike depois de muitos anos, coloca uns 10 anos aí, e nesse tempo decorrido, há um mistério que tento desvendar aqui dentro, por que fiquei tanto tempo sem pedalar ?  Mas isso é assunto para outro dia.
O dia estava lindo, a Lagoa ensolarada, final de tarde e meu reencontro, a princípio , não foi dos melhores, senti tanto medo, achei que não conseguiria equilibrar-me e que dizer "é igual a andar de bicicleta, a gente nunca esquece" seria a maior incoerência do mundo , entretanto, uns minutinhos depois vi que era possível sim! Fiz questão de andar devagar, sem pressa, um pouco tensa com cabelos ao vento e dentro de mim, a todo momento, só tinha uma certeza, daria a volta completa na Lagoa sem me preocupar com hora e de ficar para trás porque o tempo era meu.
E de uma coisa eu sabia , dessa vez ninguém me convenceria que havia um tempo certo. Era eu só e mais ninguém .

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ontem se foi a minha última avó e a vida de agora em diante será sem tantos mimos. Esse não é um texto triste, porque ela lutou tanto nesse últimos tempos pela vida que só me dá vontade de fazer sempre o mesmo. Eu vou sentir saudades de te ouvir me chamando de boneca, de pudim de leite condensado e de seu sorriso doce.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

À todas as pessoas que vêem o seu quintal

Do alto do avião, tudo passa em fração de segundos e é tão pequeno: árvores, casas, nuvens, pessoas; meus olhos não sabem para onde olhar. Um pensamento urgente grita , quando se está no alto e distante se enxerga mais. Pensei em uma amiga, que anda olhando a vida pela janela de um ônibus com a visão periférica apenas. E o que eu mais queria que ela entedesse hoje sem que parecesse conselho é, como é bom, por vezes, voar.


Voltar é sempre bom também.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo do mar. Clack!

Quando a saudade aperta eu assisto a esse video, palavras doces me vêem a cabeça...
Como gosto dessas crianças! A profissão é um lado feliz meu e me sinto valorizada pela minoria, e hoje isso basta.



Saiu cortado o video, porque tive que diminuir.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ei, você que me vê passar
As palavras me acompanham, andam juntas;
nuas, cruas, sem espaço , sem lugar
Não sei , não sei, Por onde tenho andado
Que direção é essa que me leva a lugares perdidos
Palavras amontoadas...
Não, eu sei, não é um mal
perder-se é buscar um quê
um quê de não estar aqui,
de estar em outra ou deslogado
Onde me enterrei por tantos anos?
Perder para encontrar alguma coisa dentro
De alguém ,de algum lugar
Ei, você que me olha, pode me sentir?
Por entre histórias, por entre percursos
Nunca antes tinha encontrado
para que tanta dor, tanto amor?
Tudo arremessado.
E no fim, ninguém sabe
Que sentimento nascerá do quê.
o que foi lançado?