Esses dias fui a FNAC, local de perdição, principalmente para os duros como eu que tem que escolher um entre milhares de coisas interessantes. Acabei comprando o Cheiro do ralo que é um filme que faz tempo desejo ver, pois ando encantada com as atuações de Selton Melo, principalmente depois de assistir ao filme o palhaço.
Depois de alguns dias com o filme em casa, fui assisti-lo um pouco apreensiva, pois ando precisando de leveza e sabia que a história era densa, porém há um toque de humor negro na trama que mesmo havendo uma grande profundidade, o humor prevalece deixando tudo mais leve , bem como andava precisando!
A história é de um homem chamado Lourenço que trabalha avaliando antiguidades, e na sala onde é seu local de trabalho há um banheiro que tem um ralo fedorento. Ele se incomoda que as pessoas achem que aquele cheiro vem dele e sempre explica a todos que vão fazer a avaliação das mercadorias que o cheiro vem do ralo.
Lourenço está tão acostumado a avaliar produtos que começa a tratar as pessoas como mercadorias, e acredita que o fedor do ralo faça ele se tornar uma pessoa, digamos, sem escrúpulos.
Ah! O filme é cheio de metáforas interessantes, daria para escrever sobre diversas questões, mas o que me chamou mais atenção foi a forma como avaliava os produtos e como desejava que as pessoas fossem objetos seus.
A vida é dura, como diz o personagem do Selton Melo e cheio de Lourenços. Mas ainda espero descobrir o contrário.
Tempo de Travessia
Há 12 anos
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