terça-feira, 30 de julho de 2013

Remexendo no computador, eis que me surpreendo comigo no ano que me tornei uma balzaquiana. :D

Junho de 2011

Para Renata França
[Pelas conversas de sempre]

Aos 20 ou aos 30?
Ter todo o tempo do mundo ou equilíbrio emocional? Será que não poderia ter ambos, pediriam os espertos. Bem, ter o primeiro desses itens não é garantia de que se terá o outro.
Ah! A história é fascinante por ser subjetiva e única. Esses dias eu ouvi, o humano é plástico, e por tudo isso podemos ir e vir diversas vezes. Ter todo o tempo do mundo para recomeçar e começar a qualquer momento, por quê não? E que venha o descontrole
Porém, falta pouco mais de três meses para tornar-me uma balzaquiana, posso dizer que planejei tantas coisas para o ano que fizesse 30 que tudo tem saído de forma imprevisível. E não é ruim isso.
Sábado fiquei lá ouvindo sugestões públicas de como meu trabalho pode se tornar melhor até agosto. Só vinha uma coisa na cabeça, caramba, se tivesse vivendo isso anos atrás, como encararia isso? Não foi ruim ouvir elogios e críticas, apenas faz parte. Mas antes não encarava bem e tem tanta coisa que tá melhor.

Eu só queria ter mais tempo e isso significa tempo do meu dia, do meu fim de semana, tempo para fazer tudo que eu ainda não fiz sem que parecesse ridículo, tempo para ser adolescente, tempo para andar por aí sem ter respostas, viajar, sair da rotina.


Aos 20 ou aos 30? Quero um pouco dos dois.

quinta-feira, 25 de julho de 2013



E quando algo sai do lugar...

As coisas quando saem do lugar, deveriam ser comemoradas, ou melhor, devíamos deixar sempre algo no lugar errado para que o desconforto causado nos fizesse procurar por objetos mais harmoniosos. Não que haja um lugar certo de se estar, mas acostumamos com as nossas arrumações.
Eu sei, às vezes é preciso ter paz, foco e parar de mexer nas coisas. Mas quando tudo caminha, aparentemente, para frente, não se enxerga outras possibilidades. Em alguns momentos, nem sabemos se é para frente que estamos indo, como um avião quando reduz a velocidade, não se sabe se está parado ou só devagar.
Eu que tenho medo de tudo, quero sempre a perfeição das coisas no seu lugar aparente, tenho aprendido tanto com as coisas fora do lugar e de como minha inteligência fica mais apurada nesse momento, talvez seja o instinto de sobrevivência que bate na hora. Porque às vezes mesmo quando não mexemos, as coisas saem misteriosamente, do lugar que estavam.
É o momento de não ter garantias e ter de criar o que for para passar pelo tsunami. Não que as coisas quando saem do lugar, sejam necessariamente, tempestades devastadoras, mas é um momento solitário, de nos enxergarmos para que haja ajustes ou mudanças que te façam chegar a um estado desejado, mesmo que seja breve e que os sonhos se modifiquem.
É preciso coragem para enfrentar as coisas fora do lugar; muitos acabam desistindo, preferindo não tocar em nada. Recomenda- se também que não deixe virar bagunça.
As coisas fora do lugar vão me ensinar, um dia , a controlar a ansiedade

 E que, ao menos, renda boas histórias e inspiração.