sábado, 22 de dezembro de 2012

2013

Eu caminhei por muitas horas, carreguei tudo que já tinha ficado, atravessei o deserto.Eu corri, subi, desci, escorreguei, finquei, topei. Eu andei por lugares lindos, vivi algumas histórias, passei rápido, parei pouco, por precisar sempre voltar.
Eu estou agora no ponto de partida, disposta a percorrer outras trilhas que antes não tive tempo de arriscar. E o melhor, com calma e sem olhar para trás, sem desmerecer momento algum.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Eu estou paralisada pelo medo

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Me sinto assim, meio Cahit. Medo de um final trágico... Enfim, não quero ser compreendida.Escrevo depois sobre essa cena linda.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012


Das descobertas desse ano:
Trabalhos manuais me acalmam na TPM.
Estar, vez por hora, em contato com a natureza me faz um bem enorme.

E eu que só ia à praia para sentar, conversar debaixo do guarda-sol com uma cervejinha, apreciando o visual ; percebi que não há nada melhor do que nadar, estar dentro d´água, se jogar. Coisa simples, mas nem com sete anos de terapia, aprendi o que me desse uma sensação tão grande de renovação como o mar- fazer trilhas também.
Nem sempre precisamos de grandes mudanças ou decisões. Só não posso não permitir -me, como já fiz e faço ainda.

sábado, 6 de outubro de 2012


Tá, mas fui ao Festival do Rio, ao menos,  assisti a um filme “Bye bye Blondier”, que me fez relembrar a frase “ Amores são sempre amáveis, pois é a história de duas mulheres que vivem uma grande paixão na juventude e muitos anos depois se reencontram , resolvem se casar, porém ambas tornaram-se pessoas completamente diferentes do que na ocasião que namoraram.
Acho curioso, e tão raro, duas pessoas resolverem se reaproximar depois de tempos, seria uma tentativa de reencontrar quem não existe mais ou quem sabe, ainda exista?

Contudo, o filme é um convite à nostalgia do passado vivido de forma leve e bem humorada. Vale a pena assistir também por tratar da homossexualidade de uma forma simples sem tantos conflitos. O embate se dá mais pelo preconceito que uma  das personagens sofreram por fazer parte do movimento punk da época do que pela questão de gênero, fugindo assim do habitué.
Ah! Há diversas questões para se pensar, mas fico ainda com a pergunta de cima.
Ando inspirando -me pouco. Só confundindo-me com a poluição de informações breves e curtas que chegam- me. E isso não tem virado poesia.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

"E eu me pergunto o que é que eu sou.
Vai ver eu não sou mesmo nada
E eu me pergunto o que é que eu fiz.
Vai ver eu não fiz mesmo nada,
Eu penso tanto em desistir,
Mas afinal, não ganhei nada"

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ei, todo mundo virou lobo em pele de cordeiro
e eu ainda quero saber mais sobre a raposa do Ártico
Hoje, de novo acordei, e de repente 30 outra vez.

sábado, 15 de setembro de 2012


A vida em poesia 2

Ouvi da avó de uma aluna hoje:
-"Sempre que ela está apanhando da mãe, ela diz: "- Eu quero a minha professora!!!”

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Lendo Alice de Lewis Carroll

"Mas Alice tinha se acostumado tanto a esperar só coisas esquisitas acontecerem que lhe parecia muito sem graça e maçante que a vida seguisse da maneira habitual."

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Remexendo em gavetas


o início,meio e fim das coisas parece ser difícil de se enxergar às vezes. Não há alguém narrando essa história agora.Está em alguma gaveta aguardando um final ou quem sabe esquecida, como quando alguma das partes envolvidas resolve arrumar de vez  as mobílias. Não sei se tudo isso é fato de se lamentar, acho que não revirar gavetas, faça mesmo parte da vida. 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012


sábado, 18 de agosto de 2012

É por aí, Caio!


BREVE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO CICLO SECO


Todo mundo conhece ciclo seco, a maioria até já passou por ele. Alguns mesmo vivem desde sempre dentro dele, achando que isso é vida e eternizando o que, por ser ciclo, deveria também ser transitório. É preciso acreditar que passa, embora quando dentro dele seja difícil e quase impossível acreditar não só nisso, mas em qualquer outra coisa. Não que ciclo seco não tenha fé, o que acontece é que não podendo ver o que não é visível, fica limitado ao real.
Antes de ir em frente, é importante dizer que ciclo seco nada tem a ver com as estações do ano. É coisa de dentro do humano, não de fora, e justamente por isso não tem nenhum método: vem quando não é esperado e vai quando não se suspeita. Ciclo seco não desaba de repente sobre alguém; chega aos poucos, insidioso, lento. Quando se percebe que se instalou, geralmente é tarde demais. Já está ali. É preciso atravessá-lo como a um deserto, quando se está no meio e a água acabou. Por ser limitado ao real, o ciclo seco jamais considera a possibilidade de um oásis ou de uma caravana passando. Secamente, apenas vai em frente.
Porque o real do ciclo seco são ações, não pensamentos nem imaginações. Tanto que, visto de fora, não é visível nem identificável. Não se confunde com “depressão”, quando você deixa de fazer o que devia, ou com "euforia", quando você faz em excesso o que não devia. Em ciclo seco faz-se exatamente o que se deve ou não, desde escovar os dentes de manhã ou beber um uísque à tardinha, mas sem prazer. Nem desprazer: em ciclo seco apenas se age, sem adjetivos. A propósito, ciclo seco não admite adjetivos — seco é apenas a maneira inexata de chamá-lo para que, dando-lhe um nome, didaticamente se possa falar nele.
E deve-se falar dele? Quero supor entusiástico que sim, mas não tenho certeza se dar nome aos bois terá alguma serventia para o dono dos bois ou sequer para os próprios bois — e essa é uma reflexão típica de ciclo seco. Mas vamos dizer que sim, caso contrário paro de escrever já. E falando-se dele, diga-se ainda que ciclo seco não é bom nem mau, feio ou bonito, inteligente ou burro — nem a Alice, de Woody Allen, nem Bette Davis em algum filme antigo, nem o Homem Elefante nem um dos irmãos Baldwin, nem Gertrude Stein nem Romário —, embora possa dar uma impressão errada a quem o vê de fora, ávido por adjetivar.
Ciclo seco, por exemplo, não se interessa por nada. Pior que não ter o que dizer, ciclo seco não tem o que ouvir, compreende? Fica na mais completa indiferença seja ao terremoto no Japão ou à demissão de Vera Fischer. No plano pessoal, tanto faz ler ou não ler um livro, ir ou não ao cinema — ciclo seco é incapaz de se distrair, de se evadir. Fica voltado para dentro o tempo todo, atento a quê é um mistério, pois que pode um ciclo seco observar de si mesmo além da própria secura, se não há sequer temporais, ventanias, chuvaradas?
Nesse sentido, ciclo seco é forte, porque nada vindo de fora o abala, e imutável, porque de dentro nada vem que o modifique.
E nesse sentido também é antinatural, pois tudo se transforma e ele não, simulando o eterno em sua digamos, i-naba-la-bi-li-dade. E sendo assim, com alívio vou quase concluindo, pode se deduzir que.
Não, não se pode deduzir nada. Só que passa, por ser ciclo, e por ser da natureza dos ciclos passar. Até lá, recomenda-se fazer modestamente o que se tem a fazer com o máximo de disciplina e ordem, sem querer novidades. Chatíssimo bem sei. Mas ciclo seco é assim mesmo.
Todo mundo tem os seus, é preciso paciência. E contemplá-lo distante como se se estivesse fora dele, e fazer de conta que não está ali para que, despeitado, vá-se logo embora e nos deixe em paz? Eu, francamente não sei.Ainda mais francamente, nem sequer sinto muito.


O Estado de S. Paulo, 22/11/995 
- Pequenas Epifanias

domingo, 12 de agosto de 2012

Canção para embalar crianças


- Pai, eu não sei mais se preciso mesmo ter a chave de casa ou morar sozinho
- E você tem opção, meu filho?
- Quero o sofá coberto quando me sentir mal, quero acordar ao meio dia e ouvir o barulho das pessoas de casa e me irritar com isso. Quero chegar de madrugada e perceber que alguém foi dormir em paz por eu ter entrado .
- Bem, meu filho, não te falaram que não se pode ter tudo. Mas tudo é adaptável. Prossiga sem tanto medo e apego.
- Sim, meu pai, sim

domingo, 8 de julho de 2012



Procura-se a leveza desse olhar ou alguém que me faça encontrar.

quinta-feira, 28 de junho de 2012


Viver é tomar partido, tenho aprendido assim no trabalho, nas escolhas. Porém é tão sofrido, escolher e se manter fiel as escolhas. Eu que sempre fui indecisa e insegura, sofro muito com tudo isso e minha vida profissional tem me ensinado de forma um pouco dura que em qualquer posição que se tome , muita das vezes se está só.
Difícil quando se tem  de conviver também com o pior de cada um, para qualquer lado que se vá. Esse lado ruim tem sido tão frequente que eu queria mesmo era parar no tempo e não crescer ou ser um personagem de filme ou livro, ou comer o espinafre do Popeye ou ter um pozinho de super poderes.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Calma, respira fundo, aguenta firme.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O amor nos tempos do cólera, livro baseado em uma história verídica dos pais de Gabriel Garcia Marquez que passaram por milhares de dificuldades para depois de muitos anos ficarem juntos; isso tudo por viverem em diferentes classes sociais.
Estou na metade do livro, hipnotizada pela narrativa de Marquez que apesar de usar uma linguagem densa, nos prende do início ao fim.
A história de amor do livro é belíssima, acho que sou meio Florentino Ariza (não tanto,claro) mas queria mesmo que ele fosse mais esperto.
Para quem não entendeu nada, acho que o livro vale muito a pena, mesmo que encontros assim estejam só em livros. [Ou não]


domingo, 3 de junho de 2012

Que coisa chata é essa coisa de sentir saudades, até do que poderia ter sido.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Checo a lixeira de meu e mail diariamente com a esperança de ter algo que possa reciclar. Lixeira vazia, quem sabe você ainda dê sinal de vida? Quem sabe...

domingo, 13 de maio de 2012

Às vezes a gente se esconde tanto, tanto, tanto... que quando resolvemos nos mostrar, há tanto que se deixou de dizer, as palavras emergem que acabam sufocando pelo fato de  ter se guardado por tanto tempo, coisas simples de dizer. Às vezes o nosso pior lado que aparece por tanto que se escondeu.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Há os que entram em nossas vidas apenas para nos libertar. Sim, estou livre.

sábado, 5 de maio de 2012

Receitas para esquecer

Para esquecer de alguém, o melhor pode ser lembrando, lembrando, por dias, meses, anos, até que se encontre quem nos faça esquecer um pouco do mundo. Mesmo depois precisando aprender a esquecer também .
Para esquecer um tombo, o ideal é que se corra em uma pista escorregadia , para que haja um, dois, três, quatro tombos, mas que sejam todos por desejo de ter se lançado.
Para esquecer de qualquer coisa, é preciso perder a razão, ser um pouco louco, até perceber que não há outro jeito a não ser esquecer.
Para esquecer, é preciso lembrar, esquecer, lembrar, lembrar, lembrar até parar de doer.




sexta-feira, 4 de maio de 2012

O amor e suas humilhações, cansei de assistir a esse filme. Cansei!

terça-feira, 27 de março de 2012

Mesmo estando cansada, irritada, sem desejos;  instantes depois me encho de esperança e depois desesperança , e depois, e depois... Cada segundo as coisas mudam aqui dentro. Sou bipolar? Não, acho que não !!! Basta entrar em algum site, ler uma frase aleatória, pronto! já aparece algum sentimento que ainda não me tinha despertado hoje. Se isso é bom? já não sei. Meus dias têm sido longos.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012





O dia em que vi uma estrela de perto


Ela devia ter uns seis anos, cabelos enrolados, ligeiramente dourados; sua pele era morena e seus olhos da cor de mel contrastavam com seu rosto esférico, ressaltava o semblante destemido. Ela andava com a leveza de uma criança feliz. Mas não era só isso que havia nela.
Seu nome representava magnetismo, independência e decisão. Kaiane veio me mostrar que a escolha do nome pode trazer bons auspícios na vida de um ser.
Foi em uma noite quente de verão que a conheci . Era uma noite diferente das outras noites, havia um frescor maior naqueles ventos, como se um anjo estivesse ali.
Em meio a diversas luzes e sons de batucada, na Marquês de Sapucaí,  estavam diversas pessoas que ali rendiam- se a magia do Carnaval.  Eu que nunca gostei de samba, fiquei fascinada pela paixão das pessoas.
Kaiane estava ali na multidão, com seus olhos brilhando como o de gente grande, do lado dela estavam seus avós que diferente dela , estavam paralisados, taciturnos e seus corpos expressavam tédio, como quem assiste a um filme monótono e chato.
A menina junto deles sobressaía, mesmo sem fantasia parecia fantasiada. Ao ouvir a voz de um chileno, começava a rir, sem medo,  interrogava como menina travessa,“Por que você não fala normal”? Nesse momento, arrancou risadas e olhares . 
Ela sorria, sambava como adulto, me chamava para acompanhá-la na dança, e eu tímida e hipnotizada por aquela menina, não correspondia .Ela fazia careta, virava as pálpebras e assustava as pessoas, ofuscando os passista .Em um momento, olhou-me com ar doce e disse-me "Você é linda"! Pronto! já estava encantada . De repente, pensei como algumas pessoas já nasceram com o dom de conquistar e ela tão pequena podia até nos ensinar.
Nós sorríamos tanto uma para a outra que parecia que ela estava só, de fato, parecia que estava, pois em nenhum momento seus avós olhavam para trás, para saber o que fazia. Ela era a criança mais livre e só que havia visto. Até que em um momento, como quem quer companhia, ela pediu para ficar ao meu lado; eu sorri e lamentei, disse que seu avô poderia não gostar, embora acredito que nem percebesse sua ausência.
Foi então nesse dia que percebi que algumas pessoas nascem com mais luz que as outras.  No meio ao samba, Kaiane foi puxada pelos seus avós e tudo que conseguimos dizer foi  “tchau”, mas jamais esquecerei do dia em que vi de perto uma estrela.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Mesmo não podendo perder a poesia, endurecer às vezes é a única forma de sobreviver. E não há tristezas e lamentações por isso.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sobre ser assim ou O encontro de espécies diferentes do mar




Quando você deixou de me amar aprendi a perdoar e a pedir perdão”


Ela era alguém com muito medo . Ele queria ir na parte mais funda do mar, todavia seu sonho sempre foi voar. Foi em um desses mergulhos que se conheceram , pois ela mesmo sentindo medo, às vezes se aventurava, porém quando se encontraram, foi como se ambos tivessem ido à superfície e encontrado uma balança , um equilíbrio perfeito. Bem, perfeito ao menos naquela fração de segundos.
Eles aprenderam a flutuar, conheceram lugares e paisagens novas, viram coisas que mesmo depois de anos, mesmo passando longe reconheceriam no ato.
Foi junto dela que descobriu sobre o acasalamento de espécies em águas profundas , assim ocorre quando a fêmea escolhe um entre vários machos e começa com algumas mordidas no pescoço e nos ombros. A fecundação é interna, o macho introduz o órgão reprodutor masculino no órgão copulado feminino, porém se ambos não tiverem experiência, primeiramente, ficam só a dançar juntos no fundo do mar, até os corpos se encaixarem,naturalmente, de tanto um descobrir o outro. E assim se deu também com eles.
Talvez quem esteja lendo, acredite que há uma monotonia como todos os casos de amor em que todos são extremamente felizes. Pois não era assim. A balança quase nunca estava no meio. Quando um estava muito lá em cima, imediatamente, o outro estava muito lá embaixo.
Assim quando eles subiam muito,ela  tinha pânico de altura e se recolhia, quando eles estavam muito lá embaixo, ele reclamava de estar distante do seu sonho de voar. Um sentia saudade do outro quando não se viam, mas equilibrar era quase como resolver uma equação de 3 grau.
Mesmo assim, por muitas vezes, tentaram e nessas tentativas descobriram o mar juntos e mil coisas mais, dessas que a gente guarda como tesouro.
Mas sempre chega o dia que mesmo temendo não se ter força para decolar sem o impulso do outro, não se tem como ficar. Ele decidiu voar como sempre quis, e foi feliz.
Ela perdeu o medo de nadar , e dizem até que tenta pequenos vôos . porém não se encontram, aventuram- se sempre em direções opostas.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012


Hoje eu assisti ao encantador Românticos anônimos, no francês o filme chama-se emotivos anônimos, melhor o original.
Esse é para assistir naqueles dias em que tudo que a gente mais quer é se emocionar com um final feliz , porém indo de encontro ao lugar comum.
René é dono de uma fábrica de chocolates, Angelique faz uma entrevista de emprego para trabalhar na confeitaria de René, logo o patrão  interessa-se por ela, porém ambos sofrem de uma timidez patológica. Angelique freqüenta um grupo de terapia  chamado emotivos anônimos e René faz terapia. Os dois lutam para conseguirem enfrentar seus medos e anseios, aprender a lidar com suas emoções descontroladas e se relacionarem.
Eu que tenho essa mania de me ver em diversas personagens , não poderia deixar de dizer que me senti meio Angelique.Uma mulher muito medrosa e que por vezes, parece até um pouco fria e esquisita.
Tenho de lembrar que esses dias um colega de faculdade, disse que quando estudávamos juntos, eu parecia um pouco psicopata, pois minha voz quase não saía e falava olhando para o chão. Nem lembrava dessa menina tímida que eu era, apesar de ser ainda, tive de criar alguns subterfúgios.
Ah! como eu queria ter freqüentado os emotivos anônimos como a Angelique! O filme é um convite a todos os tímidos que alguma vez já se sentiram patéticos como os personagens principais, porém a história é contada com tanto charme e tão livre de julgamentos que deu vontade de fugir de todas as regras como eles.